ROMULO - FILOSOFIA PART 1




-- Conhecimento e suas modalidade: Mito, Teologia, Filosofia, Ciência e Arte
--A Ciência Antiga Aristotélica
--A Ciência Moderna de Galileu
‒ Relação e Distinção entre Filosofia a e Ciência.
‒ A composição epistemológica da Ciência e funcionalidade no mundo contemporâneo
--As vertentes filosóficas e a definição de conhecimento científico
HABILIDADES
‒ Estabelecer relações e distinções entre Filosofia a e Ciência e outras modalidades de conhecimento;
‒ Caracterizar e comparar a Concepção Antiga e Moderna de Ciência;
‒ Compreender o sentido e o alcance da Revolução Científica Moderna;
‒ Compreender a questão do método e suas implicações para a constituição da ciência;

CONHECIMENTO 
A iniciativa de um debate sobre as questões relacionadas ao conhecimento remonta uma consideração especial e desafiadora da própria condição humana, que diz respeito a sua existencialidade, entendida como uma propensão ao desvelo, não importando a natureza e nem o grau de complexidade do fenômeno. Encarados pelo homem desde a infância como algo desafiador e causador de angustia até seu total domínios, os fenômenos se apresentam aos seres humanos. Assim o conhecimento interpõe-se a relação homem e fenômeno como um mecanismo daquele em sua relação com o universo, cuja proposta vai além da mera explicação e compreensão destes, mas sim o de promover o domínio ou no mínimo a convivência com manifestações que o circundam.   
  Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos. Cabe ressaltar que a perspectiva do conhecimento enquanto mecanismo de desvelo do homem em sua relação com o fenômeno trata-se de um desdobramento da visão antropocêntrica gestada desde o limiar da modernidade e que consolida-se com a proposta Iluminista, versada na proposição de Francis Bacon “ CONHECIMENTO É PODER”.
      Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos permite dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos e dos leões.
      Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana, permitimo-nos também ao pensar e, por conseqüência, a ordenação e a previsão dos fenômenos que nos cerca.
      Existem diferentes tipos de conhecimentos: 
  • Conhecimento Empírico ou Senso Comum(Ordinário).
  • Conhecimento Científico.
  • Conhecimento Filosófico.
  • Conhecimento Teológico.
  • Conhecimento Artístico


      1- Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum) 
 É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejada, presente no dia-a-dia ele busca responder as mais diversas questões surgidas no cotidiano, independente da dimensão da realidade.
Principais características:
A)   Solidário;
B)   Assistemático;
C)  Subjetivo;
D)  Ametodológico;
E)   Linguagem imprecisa
F)   Impreciso em seus resultados;
G)  Tradicional;
H)  Superficial;
Se levarmos em consideração a funcionalidade do conhecimento na perspectiva dos pensadores antropocêntricos (humanistas e iluministas)  de que este trata-se de um mecanismo da existencialidade humana capaz de promover o desvelo, o senso comum com suas variações de resultados( acertos e desacerto) não responde plenamente a existencialidade humana, daí a angústia humana por um conhecimento capaz de promover o domínio dos fenômenos. 
   Exemplos:
      A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar.
               Capricórnio - 14 de Janeiro de 2011
Amor: Vai ter novidades muito empolgantes neste campo da sua vida. A sua felicidade depende do seu pensamento e das suas palavras!
Saúde: A sua energia estará em plena euforia.
Dinheiro: Hoje a sua sorte está em alta, poderá receber dinheiro inespe­rado.
Carta: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera. Isto quer dizer que é uma pessoa de confiança.
Simpatia para amor crescer
Simpatias  são sentimentos suaves, afinidades, uma forma de conseguirmos a realização de nossos sonhos e desejos. As principais características para o êxito de uma simpatia são: fé, persistência, merecimentos, necessidades.
      
Escreva o seu nome e o da pessoa amada em um pedaço de papel e coloque-o dentro de uma lata de fermento. Em seguida, enterre a lata num vaso bem florido, dizendo o seguinte: “Assim como o fermento cresce, quero que o amor entre mim e (dizer o nome da pessoa amada) cresça também”. Faça essa simpatia numa noite de Lua Crescente.


      2 - Conhecimento Filosófico 
A invenção da razão
Foi o homem grego do século VII a.C. que imerso num contexto de desdobramento da polis em sua dimensão política conscientizou-se da necessidade de uma explicação plausível para os fenômenos e eventos que o circundavam, não querendo mais submeter-se a perspectiva cosmogônica em que seu destino e as manifestações fenomênicas do mundo natural eram determinadas pelos deuses e entidades sobrenaturais cabendo ao homem apenas aceitar o designo estabelecido ou conseguir a graça dos deuses através de homenagens e oferendas.Disposto a mudar esse quadro o homem grego do século VII a.C. rompe com referida visão, e aposta na otimização da capacidade de pensar inventando a razão constituindo o que a perspectiva cosmológica. 
Dessa forma a filosofia apresenta-se como fruto do raciocínio e da reflexão humana e é  conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência. 
A Filosofia emergente da experiência, “suas hipóteses assim como seus postulados, não poderão ser submetidos ao decisivo teste da observação”. O objeto de análise da filosofia são idéias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pelo conhecimento científico. Hoje, os filósofos, além das questões metafísicas tradicionais, formulam novas questões: A maquina substituirá quase totalmente o homem? A clonagem humana será uma prática aceita universalmente? O conhecimento tecnológico é um benefício para o homem? Quando chegará a vez do combate à fome e à miséria? Etc.
      Exemplo:
      "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche) 
Outra ponderação relevante diz respeito à tragédia grega enquanto gênero literário e suas abordagens temáticas que mostram-se reveladoras, no que tange, a angustia vivenciada pelo homem grego diante do mito que o reduz a uma condição de passividade quanto ao seu destino.Ex: Édipo Rei de Sófocles.



 3 - Conhecimento Teológico
      Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.  Exemplo:
      Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc.. 
Obs. Cabe ressaltar a qualidade argumentativa que a teologia cristã adquiriu com a iniciativa de Santo Agostinho que de certa forma ao recorrer ao platonismo enxerta na religião cristã uma serie de prerrogativas filosóficas. Atribuindo ao cristianismo uma base argumentativa não apenas ancorada no sobrenatural e imponderável, mas, na razão mesmo que esta seja tutelada pelo viés religioso.
  Exemplo:
Argumentação sobre o livre-arbítrio e liberdade

      4 -  Conhecimento Científico 
Como conhecimento autônomo, provido de uma metodologia própria, tendo seu campo e forma de atuação definidos, a ciência tal como a concebemos hoje, surgiu por obra de Galileu Galilei, que além de atesta a fragilidade da ciência aristotélica (filosofia natural) define o proceder científico ao direcionar seu paradigma na formação e constituição do saber (conhecimento científico) para o reina da necessidade(entenda atuação da natureza sobre os mais diversos fenômenos) e perceber que seu entendimento mais profundo dos fenômenos naturais poderia dar-se por projeções matemáticas e uma metodologia capaz de apreender as profundezas das relações necessárias presentes na natureza.  Galileu distancia-se de uma discussão sobre os aspectos contingenciais presentes nas relações estritamente humanas, reafirmando a vocação de sua ciência moderna ao estudo dos fenômenos da natureza, excetuando o homem em seu aspecto social.   O conhecimento científico vai além da visão empírica, preocupa-se não só com os efeitos, mas principalmente com as causas e leis que o motivaram, esta nova percepção do conhecimento se deu de forma lenta e gradual, evoluindo de um conceito que era entendido como um sistema de proposições rigorosamente demonstradas e imutáveis, para um processo contínuo de construção, onde não existe o pronto e o definitivo, “é uma busca constante de explicações e soluções e a reavaliação de seus resultados”. Este conceito ganhou força a partir do século XVI com Copérnico, Bacon, Galileu, Descartes e outros.
No seu conceito teórico, é tratado como um saber ordenado e lógico que possibilita a formação de idéias, num processo complexo de pesquisa, análise e síntese, de maneira que as afirmações que não podem ser comprovadas são descartadas do âmbito da ciência. Este conhecimento é privilégio de especialistas das diversas áreas das ciências.
É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento Científico:
      - É racional e objetivo.
      - Atém-se aos fatos.
      - Transcende aos fatos.
      - É analítico.
      - Requer exatidão e clareza.
      - É comunicável.
      - É verificável.
      - Depende de investigação metódica.
      - Busca e aplica leis.
      - É explicativo.
      - Pode fazer predições.
      - É aberto.
      - É útil
 (GALLIANO, 1979, p. 24-30).

      Exemplo:
      Descobrir uma vacina que evite uma doença; descobrir como se dá a respiração dos batráquios. 
Exemplo 1:
Sendo a, b e c as medidas dos comprimentos dos lados de um triângulo, indica, justificando, aqueles que são retângulos:
a) a = 6; b = 7 e c = 13;
b) a = 6; b = 10 e c = 8.
Resolução:
"Se num triângulo as medidas dos seus lados verificarem o Teorema de Pitágoras então pode-se concluir que o triângulo é rectângulo".
Então teremos que verificar para cada alínea se as medidas dos lados dos triângulos satisfazem ou não o Teorema de Pitágoras.
a)
           
logo o triângulo não é retângulo porque não satisfaz o Teorema de Pitágoras.
b) logo o triângulo é retângulo porque satisfaz o Teorema de Pitágoras.
 FILOSOFIA E CIÊNCIA
Quando surge no século VII a.C. a Filosofia apresenta-se como proposta de conhecimento abrangente visando um entendimento geral dos fenômenos com base na razão, referidos fenômenos manifestam-se tanto na natureza quanto nas relações interpessoais e intrapessoais  humanas, no entanto, o procedimento metodológico dispensado as relações humanas carregadas de aspecto contingencial era o mesmo dispensado as relações necessárias da natureza, não havendo distinção. E foi assim desde a Antiguidade Clássica até o final da Baixa Idade Media quando Francis Bacon, Nicolau de Cuso, Nicolau Copérnico, Giordano Bruno e Galileu Galilei resolveram desafiar o proceder Escolástico Aristotélico com a desconcertante hipótese Heliocêntrica, consolidando a Ciência Moderna  em oposição a Ciência Antiga Aristotélica.  
Ciência Antiga Aristotélica
  A contribuição de Aristóteles à ciência
Sobre Ciência:
"são explicações testadas sobre as coisas e fatos que nos interessam, obtidas a partir da observação e do estudo destas coisas e fatos."

Se a definição de ciência pode ser posta em poucas palavras, a história da ciência é de espetacular grandeza, uma aventura magistral levada a cabo por grandes homens decididos a descobrir o que até então todos desconheciam e compreender o que os homens de sua época tinham como mistérios.

Um passeio completo pela história da ciência nos levaria a tantos lugares, épocas e nomes que a soma dessas paradas reuniria informação demais para as pretensões desta série de artigos. Mas podemos fazer um breve tour por esta história, tentando - em apenas cinco estações - dar uma pequena amostra do longo caminho percorrido pela ciência desde a Antiguidade até o momento em que estas palavras lhes chegam aos olhos através da tecnologia digital, um dos produtos desta mesma ciência da qual falamos. 

Todas as formas de conhecimento

Se hoje o conhecimento humano é um conjunto de muitas disciplinas, estudadas cada uma por um tipo de especialista, nos tempos de Aristóteles os filósofos se esforçavam para dominar todas as formas de conhecimento. Ser filósofo na Grécia Clássica podia significar ser ao mesmo tempo escritor, poeta, músico, matemático, geômetra, político, teólogo e, claro, cientista.

Mas, antes de Aristóteles, a ciência - pelo menos a ciência natural da qual tratamos aqui - não tinha muito prestígio entre alguns dos mais importantes filósofos. Platão, o mestre de Aristóteles, considerava o mundo natural inferior ao mundo das idéias, onde residia a verdadeira perfeição, da qual este nosso mundo seria apenas um conjunto de sombras imperfeitas.
Assim, para ele era melhor gastar o tempo filosofando sobre as formas do triângulo do que observar o mundo à sua volta.
Observação e método
A importância de Aristóteles na história da ciência vem do fato de ele ter sido um dos primeiros a ir contra este desprezo filosófico pelo mundo natural. Como médico, Aristóteles sabia a importância da observação para encontrar a melhor resposta de um problema, afinal, a medicina até hoje conserva a prática de observar sintomas, diagnosticar e receitar tratamentos.
Só que a observação científica tem um caráter particular, que a diferencia do olhar apenas curioso com que os homens sempre contemplaram o mundo. A observação científica é metódica, ou seja, segue um método, regras que definem o que, como e quando observar de modo a obter o máximo de informação e aprendizado sobre o que se observa.Contribuições de Aristóteles
Nisto Aristóteles também foi pioneiro, pois não era apenas um observador curioso e contemplativo da natureza. Foi um observador metódico, cujo rigor na descrição e registro de seus estudos sobre os animais impressionou até Charles Darwin, mais de vinte séculos depois.
Só por valorizar a observação metódica da natureza, rompendo com a má vontade que filósofos de então tinham contra esta prática, Aristóteles já teria feito uma contribuição enorme ao progresso científico.

Mas há outra coisa, tão importante quanto ou mais ainda. Ninguém há de negar que associamos nossa ciência moderna ao pensamento analítico. Não é assim? Temos o pensamento científico como um raciocínio exato e esmerado, onde não cabe qualquer resquício de contradição.

Os erros do mestre

Quer dizer que Aristóteles tinha teorias erradas? Sim, e muitas.
As mais lembradas são seu modelo cosmológico geocêntrico, que propunha que o Sol e as estrelas giravam em torno da Terra, que seria o centro do universo. A teoria está errada, claro, já que é a Terra que gira em torno do Sol, não o contrário. Nosso planeta é um corpo celeste modesto demais para pretendermos que seja o centro do universo.
Mas apesar de errada, era uma idéia bastante sofisticada para época, quando a maioria dos povos ainda acreditava nas versões mitológicas sobre o tema, principalmente considerando que Aristóteles não dispunha de telescópios ou qualquer outro instrumental técnico para desenvolver seu modelo.
O filósofo também errou quando defendeu sua versão da teoria da abiogênese, que dizia que os seres vivos podiam ser gerados pela matéria bruta, como uma pedra deixada na água se transformar em um peixe. Outro furo, mas esta crença só foi abolida definitivamente por Louis Pasteur, no século 19.

Contribuição ao método científico

E, se a biologia de Aristóteles, mesmo com algumas falhas graves, manteve-se respeitável e respeitada por milênios, suas idéias na área da ciência física não foram muito longe, a maioria suplantada por teorias mais elaboradas nos séculos que se seguiram.
Só que a contribuição inestimável de Aristóteles ao método científico suplanta em muito seus erros como pesquisador e teórico. Seu legado de conhecimento obtido pela observação, método e lógica seguem desde a antiga Grécia como fundamentos indispensáveis da boa ciência.

Outras características da Ciência Antiga Aristotélica
- Contemplativa: exercício intelectual por excelência desprovido de técnica manuais, pois, o trabalho manual não era considerado digno aos nobres devendo ser direcionado aos homens de condições subalternas;
- Qualitativo: fundamentado nas impressões dos sentidos, sem parâmetros de medições típicas da Ciência Moderna;
- Finalista: para Aristóteles o conhecimento de algo implica no entendimento de sua finalidade funcional; 
- Método dedutivo: interesse pelos aspectos gerais dos fenômenos;
- Lógica aristotélica.   

Com Galileu, tem início a experimentação metódica



Nosso pequeno passeio pela história da ciência fez sua primeira parada na Grécia antiga, quando lembramos Aristóteles e suas importantes contribuições para o desenvolvimento científico-lógica, observação e descrição metódica da natureza, e investigação das causas dos fenômenos.
Vamos parar agora na Itália dos séculos XVII e XVIII. Antes de falarmos mais sobre quem vamos visitar, cabe destacar que muita coisa aconteceu na história da ciência entre estas nossas duas paradas.
Um intervalo de dois mil anos na história da ciência
Os romanos fizeram grandes progressos na área da técnica desenvolvendo grandes obras de engenharia, os chineses fizeram descobertas importantes em diversos ramos, os árabes muçulmanos com sua alquimia fizeram avançar a química e a farmacêutica e com sua álgebra ampliaram os horizontes da matemática. Além disso, muitos outros povos olharam os céus e aprenderam os fundamentos da astronomia, construindo grandes monumentos para estudar as constelações, dentre outros muitos avanços alcançados em vários lugares e épocas.
É importante dizer que, mesmo durante a Idade Média na Europa, um tanto preconceituosamente chamada de Idade das Trevas, muitos cientistas continuaram estudando a natureza e registrando suas conclusões. O fato de, na época, não haver uma distinção clara entre o que hoje chamamos de ciência e de misticismo, faz muitas valiosas descobertas medievais serem lembradas com um injusto desprezo.
Um exemplo disso é a inexistência de diferenciação entre a astrologia mística e a astronomia científica, durante a era medieval, o que não diminui em nada a importância de suas meticulosas observações sobre a localização e movimento dos corpos celestes.
Mas se a ciência fez muitos avanços em termos de descobertas isoladas, conduzidas por muitos cientistas de vários povos, o método pelo qual se fazia ciência teve poucas contribuições da abrangência e significado daquelas feitas por Aristóteles, muitos séculos atrás.
Francis Bacon
Surge como um dos principais contribuintes para a consolidação da ciência moderna, principalmente quando se trata das questões metodológicas que permeará o saber cientifico durante a modernidade apresenta dessa forma as nuances do que viria a se configurar o método indutivo peça fundamental da ciência moderna de Galileu. Outra contribuição de relevância diz respeito a obtenção do conhecimento, tão caro ao projeto humanista antropocêntrico presente no iluminismo, principalmente com sua teoria dos Idolos.
A TEORIA DOS "IDOLOS". 

O conhecimento científico, para Bacon, tem por finalidade servir o homem e dar-lhe poder sobre a natureza. A ciência antiga, de origem aristotélica, que se assemelha a um puro passatempo mental, é por ele criticada. A ciência deve restabelecer o império do homem sobre as coisas. 
No que se refere ao Novum Organum, Bacon preocupou-se inicialmente com a análise de falsas noções (ídolos) que se revelam responsáveis pelos erros cometidos pela ciência ou pelos homens que dizem fazer ciência. É um dos aspectos mais fascinantes e de interesse permanente na filosofia de Bacon. Esses ídolos foram classificados em quatro grupos: 
A verdadeira filosofia não é, exclusivamente, a ciência das coisas divinas e humanas, não é a simples busca da verdade. É também algo de prático. Para se alcançar uma mentalidade científica, é necessário expurgar a mente de uma série de preconceitos ou ?ídolos?, de que enumera quatro classes: 

1) ÍDOLOS DA TRIBO, ou os inerentes à natureza humana, que se referem em particular ao hábito de esperar mais ordem nos fenômenos do que a que realmente pode ser encontrada; Ocorrem por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis. São assim chamados porque são inerentes à natureza humana, à própria tribo ou raça humana. Astrologia, alquimia e cabala são exemplos dessas generalizações; 

2) ÍDOLOS DA CAVERNA, ou os preconceitos pessoais do próprio investigador; Resultam da