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Explicar a sociedade.
No processo histórico de passagem do
mito à razão,se dar através da busca da Arché
(Origem) da humanidade. Assim nasce
a filosofia através de uma Cosmologia (Cosmos=Universo)
que a partir da Observação do céu no século V a. c. o pré socrático Tales
de Mileto faz a seguinte afirmação: “tudo é água.” Nesta afirmação Tales
acreditava que a água seria a Aché da humanidade por ser um dos elementos
indispensáveis na vida Humana. Já o Anaximandro discordará e afirmará que o Ápeiron que é o indeterminado e questionará a precisão
das coisas pois não havia como delimitar a forma espacial do universo.
Já Anaximenes,concordava que a origem de todas as coisas é
indeterminada.Entretanto,recusou-se a atribuir a essa inderteminação o caráter
do Arché e propôs o Ar como princípio de todas as
coisas: “Como nossa alma,que é ar,soberanamente nos mantém unidos,assim também
todo o cosmo sopro o ar o mantêm.”
Para Pitágoras de Samos “tudo é
número”,isso quer dizer que o princípio Fundamental seria a estrutura numérica,matemática
da realidade. A diferença entre as coisas resultaria,essencialmente,de uma
questão de números.
Os
Grandes da Grécia:
Sofistas x Sócrates - Diferenças entre Sócrates e os sofistas:
- O sofista é um professor ambulante.
Sócrates é alguém ligado aos destinos de sua cidade;
- O sofista cobra para ensinar. Sócrates vive
sua vida e essa confunde-se com a vida filosófica: “ Filosofar não é profissão,
é atividade do homem livre”
- O sofista “sabe tudo” e transmite um saber
pronto, sem crítica (que Platão identifica com uma mercadoria, que o sofista
exibe e vende). Sócrates diz nada saber e, colocando-se no nível de seu
interlocutor, dirige uma aventura dialética em busca da verdade, que está no
interior de cada um.
- O sofista faz retórica (discurso de forma
primorosa, porém vazio de conteúdo). Sócrates faz dialética (bons argumentos).
Na retórica o ouvinte é levado por uma enxurrada de palavras que, se
adequadamente compostas, persuadem sem transmitir conhecimento algum. Na
dialética, que opera por perguntas e respostas, a pesquisa procede passo a
passo e não é possível ir adiante sem deixar esclarecido o que ficou para trás.
- O sofista refuta por refutar, para ganhar a
disputa verbal. Sócrates refuta para purificar a alma de sua ignorância.
“CONHEÇA-TE A TI
MESMO”, frase escrita no portal do templo de Apolo; cuja frase era a
recomendação básica feita por Sócrates a seus discípulos.
Sócrates percebeu que a sabedoria começa pelo
reconhecimento da própria ignorância: “SÓ SEI QUE NADA SEI”; é, para
Sócrates, o princípio da sabedoria.
O estilo de vida de Sócrates assemelhava-se ao dos
Sofistas, embora não vendesse seus ensinamentos. Com habilidade de raciocínio,
procurava evidenciar as contradições afirmadas, os novos problemas que surgiam
a cada resposta. Seu objetivo inicial era demolir, nos discípulos, o orgulho, a
ignorância e a presunção do saber.
Usava dois métodos: IRONIA e MAIÊUTICA.
MAIÊUTICA: Dava
alternativas, perguntas e respostas, ajudava a buscar a verdade. O nome
Maiêutica foi uma homenagem a sua mãe que era parteira. Ele dava luz às idéias.
IRONIA: A ironia
socrática tinha um caráter purificador na medida em que levava os discípulos a
confessarem suas próprias contradições e ignorâncias, onde antes só julgavam
possuir certezas e clarividências, perguntas e respostas destruíam o falso
saber. Os discípulos, libertos do orgulho e da pretensão de que tudo sabiam,
podiam iniciar o caminho da reconstrução das próprias idéias. Com isso,
Sócrates acreditava num só Deus (Monoteísmo); a época era de Politeísmo. Por
vários motivos ele foi perseguido. Foi condenado à morte em 399 a.c. por não
aceitar mudar suas idéias (tomou Cicuta, um tipo de bebida que o carrasco
deu-lhe para beber).
Para Sócrates o homem deveria conhecer a si mesmo,
chegar à virtude através do conhecer a si mesmo. È a sabedoria que nos dá a
virtude.
Platão
Em linhas gerais,Platão desenvolveu a noção
de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade:a
inteligível e a senivel.A primeira é a realidade imutável,igual a si mesma. A
segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos,são realidades
dependentes,mutáveis e são imagens da realidade inteligível.
Tal concepção de Platão também é conhecida
por ‘Teoria das Ideias’ ou Teoria das formas. Foi desenvolvida como hipótese no
diálogo Fédon e constitui uma maneira de garantir a possibilidade do
conhecimento e fornecer uma inteligibilidade relativa aos fenômenos.
Para Platão,uma determinada caneta,por
exemplo,terá determinados atributos(cor,formato,tamanho e etc). Outra caneta
terá outros atributos,sendo ela também uma caneta,tanto quanto outra. Aquilo
que faz com que as duas sejam canetas é,para Platão,a Ideia de caneta,perfeita
que esgota todas as possibilidades de ser caneta,tanto quanto outra. A
ontologia de Platão diz,então,que algo é
na medida em que participa da Ideia desse objeto. No caso da caneta é
irrelevante,mas o foco de Platão são coisas como o ser humano,o bem e a
justiça.
O problema que Platão propõe-se a resolver é
a tensão entre Heráclito e Parmênides: para o primeiro,o ser é mudança,tudo
está em constante movimento e é uma ilusão estacidade ou permanência de
qualquer coisa; para o segundo,o movimento é que é uma ilusão,pois algo que é
não pode deixar de ser e algo que não é,não pode passar a ser;assim,não há
mudança.